A reader lives a thousand lives before he dies, said Jojen. The man who never reads lives only one. (George R. R. Martin)

domingo, 9 de junho de 2013

Anna e o Beijo Francês


– Claro. Até amanhã. – Tento falar num tom casual, mas estou tão entusiasmada que assim que saio do quarto dela choco com uma parede.
Ups. Não é uma parede. É um rapaz.
– Ahhh! – Ele cambaleia para trás.
– Desculpa! Lamento imenso, não te vi.
Ele abana a cabeça, um pouco tonto. A primeira coisa em que reparo é no seu cabelo. É castanho-escuro, despenteado e simultaneamente comprido e curto. Penso nos Beatles, uma vez que acabei de os ver no quarto da Meredith. É um cabelo artístico. Cabelo de músico. Um cabelo do tipo eu-finjo-que-não-me-importo-mas-importo.
Um cabelo lindo.
– Não faz mal, também não te vi. Estás bem?
Uau! Ele é inglês.
– Hum. A Mer mora aqui?
Sinceramente, não conheço nenhuma miúda americana que resista ao sotaque inglês.
O rapaz pigarreia.

Não tinha grandes expectativas quando peguei neste livro, mas pareceu-me uma boa opção para uma leitura leve. Não me enganei nem um bocadinho e ainda fiquei surpreendida. 
A história não é nada do outro mundo, o típico romance de adolescentes que todos já lemos uma vez ou outra. O que, na minha opinião, tornou esta história banal digna de ser completamente devorada foi a simplicidade da escrita utilizada e a maneira como a cidade de Paris nos é apresentada pelos olhos da Anna. É fácil simpatizar com ela e com o St. Clair e ficar a torcer para que consiga o tão esperado beijo francês, mas que não surge durante as primeiras páginas e nós vamos lendo mais e mais sempre à espera que aconteça no parágrafo seguinte ou na página seguinte. 

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